Mensagem de apresentação, comentários e respostas postadas no news.uol relacionados ao romanceChamberland e o Paraíso Perdido
Mensagem de: "Alberto Mesquita Filho"
Newsgroups: uol.educacao.ciencia
Quarta-feira, 01 de Maio de 2002 7:19 AM
Assunto: Ciencia e arte
Há quem diga que todo cientista *teorizador* carrega um artista dentro de
si, ou que a intuição voltada para a ciência confunde-se, sob certos
aspectos, com a intuição voltada para a arte. Einstein, por exemplo, tocava
violino (já ouvi dizerem que era um péssimo violinista, mas pelo menos
tocava); Planck tocava piano; Feynmann tocava bongô; Mário Schemberg pintava
quadros; Jourdain fazia poesias; Leonardo da Vinci... fazia ciência; e por
aí vai.
A maioria dos que me conhecem parece não valorizar muito o meu lado
científico. Quem sabe gostem do meu lado artístico. Convido-os então a lerem
o meu romance "Chamberland e o Paraíso Perdido", que está na versão uol do
Espaço Científico Cultural, em http://sites.uol.com.br/albmesq/
Lembro que romance é ficção e qualquer semelhança com pessoas ou fatos da
vida real é mera coincidência.
Comentários serão bem-vindos. Correções idem.[ ]´s
AlbertoPS: O "sites.uol.br" foi desativado. O romance está agora (a partir de
março de 2013) no meu site (Espaço Científico Cultural) e pode ser lido
através deste link:
http://www.ecientificocultural.com/chamberland/chamberland00.htm.
Mensagem de "TRUFT"
Newsgroups: uol.educacao.ciencia
Quarta-feira, 01 de Maio de 2002 4:29 PM
Assunto: Re: Ciencia e arte
sem entrar nos méritos da questão, porque será que a maioria
que se dispõem a escrever, aborda a existência (ainda
que de forma fictícia) de um lugar como sendo o paraíso,
dando-lhe os mais sugestivos denominativos? Esse lugar,
ou pseudos lugares, tem merecido destaque desde os primórdios
da história da humanidade. Um fato todos têm em comum:
quase todos são unânimes em afirmar que após partirem
desta dimensão irão dar com os costados num desses lugares,
numa outra dimensão, onde reinaria a paz e a harmonia...!!!
Mensagem de: "Alberto Mesquita Filho"
Newsgroups: uol.educacao.ciencia
Quarta-feira, 01 de Maio de 2002 9:23 PM
Subject: Re: Ciencia e arteTruft escreveu:
> sem entrar nos méritos da questão, porque será que a maioria
> que se dispõem a escrever, aborda a existência(ainda
> que de forma fictícia) de um lugar como sendo o paraíso,
> dando-lhe os mais sugestivos denominativos?
Interessante esse seu pensamento. Como estamos em um news de ciência, darei
uma resposta a caráter:
Pelo mesmo motivo que um físico enuncia a lei da inércia, mesmo sabendo que
não há lugar algum do Universo onde um corpo está livre da ação de outros
corpos. Ou seja, a lei da inércia é uma lei limite, assim como o paraíso é
uma condição limite. Estaremos tanto mais próximos desse limite quanto
menores forem as injustiças sociais, quanto maior for a fraternidade, etc.
> Esse lugar,
> ou pseudos lugares, tem merecido destaque desde os primórdios
> da história da humanidade. Um fato todos têm em comum:
> quase todos são unânimes em afirmar que após partirem
> desta dimensão irão dar com os costados num desses lugares,
> numa outra dimensão, onde reinaria a paz e a harmonia...!!!
Ao contrário do anterior, que classificaria no terreno da utopia (assim como
a inércia perfeita), este já é um paraíso totalmente imaginário e totalmente
irreal. Não digo que não exista. Digo apenas que foge à experimentação e
portanto não há como valorizá-lo cientificamente. O paraíso utópico já pode
ser pensado como algo passível de "estimação" experimental.
Se você leu o prólogo apresentado, deve ter percebido a alternância que faço
entre os dois paraísos citados. Um não é melhor nem pior do que o outro.
Simplesmente um pode ser encarado cientificamente, enquanto o outro não. Se
você pretende ler o romance perceberá que essa alternância é mantida, o que
se constata especialmente na observação do diálogo entre os dois personagens
principais. Obviamente, existe muita ficção a caracterizar a categoria em
que o livro é apresentado: romance.
[ ]´s
Alberto